Ergodesign e arquitetura de informação – Cap.1

Resenha sobre o livro Ergodesign e arquitetura de informação > trabalhando com o usuário de Luiz Agner.

No primeiro capítulo o autor apresenta os diferentes pontos de vistas no qual o tema navegação pode ser compreendido.

A navegação segundo Lévy:

Pierre Lévy, definiu duas grandes atitudes opostas de navegação.Cada navegação na web é uma mistura das duas:

I – Navegação para caçada – Aqui, procuramos uma informação precisa, que desejamos obter o mais rápido possível.

2 – Navegação para pilhagem – Estamos vagamente interessados em um assunto, mas prontos a nos desviar a qualquer instante de acordo com o clima do momento. Vagamos de site em site, e de link em link.

A navegação segundo Spool:

A equipe de Jared Spool pesquisou a busca de fatos simples, a comparação entre fatos, o julgamento e a comparação visando julgamento.

Observe estes exemplos: Fato simples: “É possível comprar uma motocicleta Honda por um preço abaixo de R$ 20 mil?” navegação: seis apóstolos e um astronauta Comparação entre fatos: “Para onde é mais barato fazer uma viagem de férias: Nordeste do Brasil ou Flórida?” julgamento: “Você acha que um modelo Ford EcoSport usado é seguro?” Comparação para julgamento: “Qual é o melhor carro importado abaixo de US$ 25 mil?”

A navegação segundo Shneiderman:

Ben Shneiderman mostrou que a navegação para a busca de informações em hipertextos pode assumir quatro características. São elas:

I – Navegação para busca de uma informação específica;

2 – Navegação para busca de informações relacionadas

3 – Navegação com destino em aberto

4 – Navegação para verificar a disponibilidade

A navegação segundo Whitaker:

Segundo Leslie Whitaker, quando as pessoas navegam com objetivos definidos, elas utilizam um dos três métodos a seguir:

I – Navegação por marcos (emprega sinalização em determinados pontos do percurso);

2 – Navegação por rotas (une uma sequência de indicadores);

3 – Navegação exploratória (forma um mapa cognitivo do espaço).

Estudos sobre a orientação humana em ambientes naturais permitiram a sua comparação com a web.

I – Predição – habilidade de antecipar a localização em que você estará posicionado no momento seguinte.

2 – Recuperação – Os navegantes mais experientes retraçam mentalmente as ações e os passos até as suas últimas posições, enquanto constroem hipóteses sobre sua atual localização.

3 – Pontos de referência – Em ambientes construídos, como as cidades, os pontos de referência funcionam assim: “quando você chegar até a igreja, você estará a dois quarteirões da minha casa”. Em um ambiente não-estruturado, os pontos de referência são as barreiras à viagem como, por exemplo, os penhascos.

4 – Suposição – O navegante aqui planeja uma rota que não o leva exatamente até o ponto desejado, mas que pode ser futuramente corrigida. Isso funciona em combinação com os pontos de referência.

A navegação segundo Rosenfeld e Morville:

Segundo os arquitetos de informação Rosenfeld e Morville, os sistemas de navegação na web são três:

I – Sistema de navegação global Complementa a informação disposta de modo hierárquico (a taxonomia), habilitando os movimentos verticais e laterais. É aplicado ao site inteiro e se integra ao design gráfico. Pode ser implementado na forma de uma barra horizontal no topo das páginas (ver a figura).

2 – Sistema de navegação local Para entender o sistema local, recorremos ao conceito de “subsite”. Uma empresa pode oferecer um catálogo de produtos e este catálogo pode ter um estilo de navega- ção diferenciado. Isto seria um exemplo de sistema de navegação local.

3 – Sistema de navegação contextual Implica colocar palavras ou expressões, dentro de frases ou parágrafos, como links de hipertextos. Têm natureza mais editorial do que arquitetura! e depende de decisões dos autores, conteudistas ou editores.